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15/05/2019
12/12/2018
Namasté!...
Ia eu
escorreitamente e eis que tropeço
estatelando-me na
calçada portuguesa.
Vi estrelas e
depois passarinhos
que logo se
puseram a andar
ao chegar uma
gaivota zen budista.
Hi, I’m
Jonathan Livingston Seagull, disse-me.
E eu: Malditos
turistas vêm para cá e não aprendem
a língua do
Ramos Rosa.
Eu sei-a
diz-me prontamente
sou o Fernão
Capelo Gaivota e tu
agora tens de
escolher se ficas aqui a este nível
ou se
regressas para continuares a trabalhar com o Bando.
Enxoto-a com um
Aqui há gato! E um Something is fishy!
em inglês não
vá ela do Rosa só perceber a ponta dos espinhos.
Mas apareceu-me
logo em substituição
uma referência
Hollywoodesca.
I’m Morpheus
and in this hand I have a red pill
that takes you
to the Lá-Lá-Land and in the other
a blue
one that takes you back to your day-by-day life.
Fodasse esta
calçada portuguesa está repleta de turistas!
RAR
04/09/2016
Editores Refractários...
Com o Luís Oliveira (editor da Antígona Editores Refractários). Porto. 2016. |
19/08/2016
No photoshop...
24/06/2016
27... A Poem...
Cyprexit
Czexit
Denexit
Estonexit
Bulgexit
Croexit
Belgiexit
Austrexit
Finexit
Francexit
Greecexit
Hungarexit
Italexit
Latvexit
Lithexit
Luxexit
Maltexit
Netherexit
Polexit
Portexit
Romexit
Slove-exit
Slova-exit
Spainexit
Swedexit
Irelexit (again)
Germ-exit
Czexit
Denexit
Estonexit
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Croexit
Belgiexit
Austrexit
Finexit
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Hungarexit
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Luxexit
Maltexit
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Portexit
Romexit
Slove-exit
Slova-exit
Spainexit
Swedexit
Irelexit (again)
Germ-exit
21/03/2016
...
Perguntas
do jornalista Sérgio Almeida para um artigo que saiu no Jornal de
Notícias de 21-03-2016.
1
As Edições 50 kg são a prova de que não só a edição de poesia
continua bem viva como tem sabido de certa forma reinventar-se, não
estando tão dependente do papel das grandes editoras?
R:
Prova, não o diria, continuo a achar que as Edições 50kg, por si
só, não têm uma presença relevante para servir um embandeirar
desse arco da sobrevivência editorial da poesia. No entanto penso
que já há muito que existe uma pretensão que a poesia se vai
renovando nas pequenas editoras. Basta pensar, por exemplo, que antes
destes conglomerados editoriais que agora proliferam, uma
editora como a Assírio, que não era propriamente pequena, insistia
em se denominar como pequena editora para assim reivindicar um certo
papel de luta e
de resistência. Porém acho,
que as “grandes editoras” assumiram sempre, pelo menos em relação
à poesia, mas também penso que o fazem em relação a outros
géneros literários, o papel de antologiadores – de apresentadores
à urbi e
à orbi
de autores já consagrados, tomando-se por formadores e conservadores
de um cânone poético. E isto de certa forma era uma atitude que se
podia entender. O problema que se põe agora é que esse papel de
certo modo inverteu-se, porque é necessário alimentar um mercado
editorial e é aí que estes “conglomerados”, que também já
possuem meios de expressão da crítica, que são donos de revistas
literárias, começaram a introduzir novos autores, que francamente
penso, não passam por um crivo de “qualidade” isento e
criticamente eficaz. Não sei onde isto vai parar, mas como dizia o
Cesariny: “em algum sítio muito longe”.
2
Falta arrojo às editoras convencionais?
R:
Falta pensarem no que é importante e no que fica e não no que
vende. Uma biografia do Toni Carreira vende, toda a gente sabe, mas é
tão importante como ter um segundo cu!
3
Pela tua experiência enquanto editor, achas que o número de
leitores de poesia ao longo da última década tem sofrido alguma
alteração significativa?
R:
Sim, foi reduzindo em termos de números. São menos os leitores. E a
redução das tiragens são o reflexo disso. E não penso que foi a
introdução das novas tecnologias, ou sequer a crise a razão
principal. Nunca foi tão fácil possuir livros de poesia. No
alfarrabismo é possível obter excelentes livros de poesia a preços
quase irrisórios. O motivo para tal redução de leitores de poesia,
a meu ver, é o facto de não existir deveras uma comunicação
geracional. O saber que se acumulou não está a passar. E os órgãos
de comunicação social (salvo raras excepções) desistiram desse
papel. Por palavras mais situacionistas direi que me parece que o
“Espectáculo” é o que vigora.
4 A manutenção ou diminuição desse número
significa que as imensas iniciativas sobre poesia que existem pelo
país fora têm uma eficácia diminuta?
R:
Essas iniciativas sobre a poesia estão na ordem do espectáculo. É
por isso que se assiste a espectáculos poéticos, com música,
cuspidores de fogo, novos jograis, e strippers… Isso tudo para
plena satisfação de um público consumidor de espectáculos… Mas
leitores? Ui tá quieto!
RAR
27/02/2016
Pormenores...
18/02/2016
Novidades das Edições 50kg...
RAR
de Rui Azevedo Ribeiro
Desenho
de capa de RAR
Edições
50kg, Porto.
P.V.P:
€6,00
150
Exemplares
ISBN:
978-989-97891-8-0
Sinopse: RAR é um refinadíssimo libreto já preparado para
ser musicado por uma orquestra de câmara (pode ser municipal).
Contém um solo de viola de gamba pontuado por dedilhadas incursões
numa tiorba de cordas de tripa já devidamente unguentadas a azeite
fino. Deverá ser levado a lume brando, mexendo sempre, até atingir
o chamado ponto de caramelo, o que para muitos ainda é um mito, e
assim ficará pronto a ser servido. Bueno apetite!
Novidades das Edições 50kg...
Fechado
para Mudança de Ramo de Rui Azevedo Ribeiro
Desenho
de capa de Bruno Fonseca da Silva
Edições
50kg, Porto.
P.V.P:
€6,00
150
Exemplares
ISBN:
978-989-97891-7-3
Sinopse: Livrinho religioso, com uma é-pistola, onde dEUs (o
senhorio) fala através das suas vogais aos poliprotodontes da tribo
“cada-macaco-no-seu-galho” para convencê-los a abandonarem
“amigavelmente” a sua edificação vertical com um contrato
promessa de alocá-los horizontalmente num rizoma dEUziano.
07/08/2015
«COMO SE FEZ O LUÍS DE CAMÕES»...
COMO
SE FEZ O LUÍS
DE CAMÕES
Dum
velho engaço do meu avô roubei dos dentes
O
prego que na terra conquistaria
os continentes
E
por trás da escola no tempo do recreio grande
Tirei-o
das meias onde o levava – tipo sande.
Na
parede afiámo-lo para que espetasse fundo
E
c’o calcanhar da bota desenhei
o
mapa-mundo
Do
alto da
canalhice lembro-me de rimar com cu
A
caravana que passava em campanha pela APU
Eu
matutava – Moscovo, Jamaica ou Índia?
Tomando
cidades por países que confundia
E
enquanto me decidia a escolher o meu
país
Quem
já por ali arava terreno era o grande Luís
Chutava
as pedras para limpar o círculo na terra
E
as botas ensebadas não chegavam à Primavera
Cuspia
na mão porque afinava a pontaria
Cuspia
no chão porque a terra também bebia
Estava
o Luís a
unir
os furos do prego cravado de pé
Quando
me voltei acenando com a eureka da América
Vi
o Luís agarrado ao olho dizendo que ressaltou numa pedra
Oh
grande merda! Chamou-se professora e ambulância
Da
coça e castigo ganhei amnésia advento da circunstância
E
foi assim que
o Luís ficou um
Camões tal e qual
Repetente
até no país que
era sempre Portugal.
“No
Jogo das Nações, desenhava-se no chão um grande círculo,
simbolizando o globo universal. Dividia-se este círculo em nações,
tantas quantos os jogadores intervenientes. A ordem para cada jogador
jogar, era também a distância a que ficavam da linha traçada no
chão. Começava-se sempre no território ao lado, fosse da direita
ou da esquerda.
Por
cada espetadela, traçava-se uma linha conforme a inclinação do
espeto. O anexado escolhia a parte restante e saía do jogo quando no
seu território já não lhe cabia um pé. Por sua vez o jogador
quando perdia apagava todo o território conquistado, retornando à
fase inicial. Ganhava quem conquistava o Mundo todo”
14/04/2015
Página 22...
23/12/2014
26/11/2014
25/11/2014
11/08/2014
SONETO CONTARELO DE COMO SE FAZ UM ROMANCE HISTÓRICO
SONETO CONTARELO DE
COMO SE FAZ UM ROMANCE HISTÓRICO
Dois ou três
agoiros
Um puxar à lágrima
Uma cena de esgrima
A morte dada aos
toiros
O privado duma
vida
Caído na via
pública
Uma amostra bíblica
Rei suicidado é
regicida
Uma querela
provinciana
Dá em intriga
palaciana
Com Neo-realismo à
fratelli de Rocco
Mais pitada de
Barroco em rococó
Alguém já traz a
Questão Coimbrã
Ui, que me deu uma
cãibra.
RAR
21/04/2014
14/03/2014
Novidade das Edições 50kg...
SUCK MY DECK de Rui Azevedo Ribeiro
Desenho de capa de Bruno Fonseca da Silva
Edições 50kg
100 Exemplares
P.V.P: € 6
ISBN: 978-989-97891-4-2
SINOPSE:
Este texto é um musical de piratas, penso que é algo inédito
se bem que talvez o Lubitsch o tenha já feito – mas não o fez certamente em
português. Sai-se do Porto em bode marítimo e a dada altura, olha que ali vai o
Herberto Helder a nado. E tenta-se bruni-lo com a quilha deste barco que é para
ter a paga das vezes que ele me quilhou bem quilhado. Mas o vento atraiçoa-nos
e falha-se o intento, acabando por ir-se passar a ferro um Camões velho perto
do Restelo, que vinha ou ia à missinha, não se sabe bem. E é mais ou menos
isto. Mais ciganice menos ciganice.
Nota: Só se falou no Herberto Helder no
intuito de aumentar as vendas do livrinho.
Para saber os locais de venda consulte a barra lateral deste blog
07/02/2014
2.ª e última parte da entrevista DaDa ao programa de rádio Badanas e Bananas...
Quarto programa Badanas e Bananas de Jorge Palinhos e Rui Manuel Amaral na Rádio Manobras (91,5 Mhz). finaliza este quarto programa com a leitura de Atol de Miguel Martins por ele mesmo.
PARA OUVIR ESTE QUARTO PROGRAMA: http://kiwi6.com/file/zaf2h25fuj
31/01/2014
1ª parte da entrevista DaDa ao programa de rádio Badanas e Bananas...
Terceiro Programa Badanas e Bananas de Jorge Palinhos e Rui Manuel Amaral na Rádio Manobras (91,5 Mhz) falou-se das edições 50kg e de outras coisas. Para a semana vai pró ar a segunda parte (quarto programa) .... A música que finaliza este terceiro programa é do projecto A Fávola da Medusa que integra o autor da 50kg Miguel Martins.
PARA OUVIR ESTE TERCEIRO PROGRAMA: http://kiwi6.com/file/qb3gq7tnzv
27/01/2014
Título pró visório
E este solo é grama
E esta só é gramática
E este não limpa os
ângulos
E este purga num
bacio
E este suja as pegas
E este diz: faz logo
ritmos
E esta é uma má ‘triz
E este um leo pardo
E este animal de dó
acção
E este vende micro
copos
E este esteta copos
não tem
E este é um acaba
lista
E este cortou os
impulsos
E este é um és tá tu
to bem
E este é arisco
etílico
E este um plano
tónico
E esta é fêmea
efémera
E este macho machuca
E este ri actual
E este ri corda
E este é, se vero
E este é um rigor
morto
E este está na idade
da vontade
E este tem vontade de
ir da idade
E este amado ali
aleija
E este é o Mohamed de
Alijó
E este via a via
viável
E este nunca se viu
com outra
E este esbarra os
ares
E este só pára nos bares
E este é o novo que
vê o cú da galinha no ovo
E esta dobrou o
finado pró morto ficar vincado
E a este a musa
pôs-lhe as antenas
E este confia no que
vem de Atenas
E este é só
E esta é sã
E esta diz que amou
E este diz que não
amuou
E este ignora que é
ignorado
E este signore é do signo aquário
E este admite
demitir-se
E este de meter-se
submete-se
E esta é uma franga
E este um
ex-frangalhado
E este diz: subi num
pulo
E este diz que é
desci pulo
E este queixa-se da
lida
E esta de que não é
lida
E este professor diz:
já avaliou?
E este ex-professor
diz: Jávali!
E este lavra
E este, palavra!
E este viu a filha em
acção
E este não tem
filiação
E este quer vingar-se
E este já não vinga
E este quebra o
barulho
E este parte o
baralho
E este tem louvores
E este tem dores
E este perdeu-se no
deserto
E este perdeu-se na
dissertação
E este é do comércio
E esta é de comer no
cio
E este mica um livro
cómico
E este tem comics em micas
E este abusa das
palavras inocentes
E este usa palavras
que mataram
E este não cede um
milímetro da fórmula – milionário
E este é dos que cede
sempre, ó pra ele tão sedentário!
E este que veio à
boleia de Wyoming
E este estuda os
índios Pottawotomie
E este à noite lê o
Ginsberg
E este deita gin na
carlsberg
E este que leste?
E esta a Leste!
E este vende galos de
Barcelos aos ingleses
The
cock, the cock! The portuguese cock!
E este esteriliza
sentimentos nos dias cirúrgicos
E este no fundo tem
mantimentos pró fim do mundo
E este ouve os livros
no ipod
E este ouve gritos
mas não acode
E este é de
arrebatamento pueril
E este afia a língua
no esmeril
E este cobre-se de
façanhas
E este quer cozer
faianças
E este hesita por um
instante
E este foi Aki e traz
uma estante
E este coça o cú
E esta faz o Sudoku
E este mole é aqui
que verga
E este duro é daqui
que parte
E este é mestre em
mídias de arte
E este sendo nada não
está à parte
E este é do universo
universitário
E este parece que
saiu de um aviário
E este é o arruma dor
que faz rima:
Mais
um pópó pró pó!
E este tem encontros
do 1º grau na prima
Fica
na família não tenhas dó!
E este está preso na
rede social
E este tem 60 e um
curso profissional
E este só diante de
um juiz diz: Juro!
E este vai ao banco
renegociar a taxa de juro
E este ao Lobo
Antunes rouba as letras de médico
E este desde pequeno
que não toma o remédio
E este encenador
incinera a cena
E este confunde-me
com alguém e acena
E este dos programas
da televisão entope
E este faz lembrar os
telegramas: STOP!
RAR
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