“O
fetichismo da mercadoria existe em todas as circunstâncias em que
existe uma dupla natureza da mercadoria e em que o valor mercantil,
criado pelo lado abstracto do trabalho e representado pelo dinheiro,
forma o laço social e decide, portanto, o destino dos produtos e dos
homens, ao passo que a produção de valores de uso não é senão
uma espécie de consequência secundária, quase um mal necessário.
Este fetichismo constituiu-se «nas costas» dos participantes, de
maneira inconsciente e colectiva, e tomou toda a aparência de um
facto natural e trans-histórico.”
Anselm
Jappe, pp. 17-7 in
Karl Marx “O Fetichismo da Mercadoria – e o seu segredo” , Ed.
Antígona, 2015.