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18/03/2013

Astro físico...


HOMENAGEM A EDDINGTON

                A juventude dizia: Eu quero viver. A velhice dizia-o também. A juventude dizia: Vamos matar a velhice. A velhice dizia: A juventude mata-me. Mas, no fundo, era a velhice que matava a juventude com a astúcia lenta dos chineses.

                
O presente mantinha-se de pé, chamavam-lhe futuro e passado, ontem e amanhã. Sacrificavam-lhe homens e actos. E ele digeria tudo com o seu ventre repleto de astros mortos.

               
  O homem dizia: Estou preso entre quatro muros. E o tempo e o espaço diziam: Está livre, meu amigo, está livre. Não vê? Não vê que falta o quarto muro?

Jean Cocteau, “Tanta Coisa Para Dizer”, p.16, Língua Morta, 2012.

06/02/2012

E foi mais ou menos assim...

Apresentação do livro «A Metafísica das T-shirts Brancas» de Miguel Martins (foto de Maria)

Leitura de alguns poemas do livro «A Metafísica das T-shirts Brancas» por Miguel Martins (foto de Maria) 

Bar do Teatro «A Barraca» apresentação de dois livros de Miguel Martins  «A Metafísica das T-Shirts Brancas» das Edições 50kg e  "Um Homem Sozinho" das Edições Língua Morta (foto de Maria)

« Um Homem Sozinho» das Edições Língua Morta com apresentação de Inês Dias e Luís Henriques (o autor da capa)  - (foto de Maria)

Apresentação do livro « Um Homem Sozinho» das Edições Língua Morta com Inês Dias e Luís Henriques (o autor da capa) (foto de Maria)  

Edições Língua Morta - Diogo Vaz Pinto e David Teles Pereira (foto de Maria)

02/02/2012

T-shirts and all...


Neste fim-de-semana em que a temperatura vai baixar uns grãozinhos… Uma ‘t-shirtzinha’ sempre ajuda engrossar a roupa ao pêlo… E como não há calor como o humano levem ‘um homem sozinho’…   


16/01/2012

Lançamento de dois livros de Miguel Martins...

"A Metafísica das T-shirts Brancas" (Edições 50 Kg)
 "Um Homem Sozinho" (Língua Morta)


 4 de Fevereiro (Sábado), às 17h00 no Teatro A Barraca. 

30/10/2011

Duas de língua...




"Um corpo é para endoidecer
não se habita em paz
nem pertence a
é sozinho
sala vazia de hospício
caiada de branco
funcional
asséptica
feita à medida de um doente
mental"

Rui Caeiro in «Baba de Caracol», 2ªed, Língua Morta, p.22, Lisboa, 2010.

Mais informações por aqui


"Aos poetas não invejar coisíssima nenhuma: a poesia que
fazem, a inspiração que podem ou o mau vinho que bebem. Nem
as vidas que tiveram, por muito adjectivadas ou descoloridas que
fossem. Nada. Pois tudo é para esquecer: os versos, a inspiração,
os alcoóis e, já agora, as vidas também. E a somar a isso as dores
que sentiram, depreende-se que muitas e também os alívios,
desde os mais nobres até aos mais soezes, ou vice-versa."

Rui Caeiro in «Baba de Caracol», 2ªed, Língua Morta,, p.35, Lisboa, 2010.

Mais info aqui

"14
Carta para A.

viste que os dias não passavam
disto, e viste bem. desse lado
do céu, tens o melhor miradouro
sobre a madrugada. se encontrares
o pintainho que sepultámos,
em segredo e lágrimas, no
quintal das tias, pede-lhe o
arco da sua asa nas noites de lua nova.
remete-me, quando puderes,
pacotes de chuva miúda, gosto
de a ver decalcar a terra, fundir-se
com as sementes de milho
no canto da achadinha.

entretanto, vou montando o
telescópio, com as instruções
que me deste. põe-te à vista
e combinamos um gelado a
meio caminho,
à hora da infância."

Renata Correia Botelho, in «Avulsos, por causa», Língua Morta, p.20, Lisboa, 2010.