04/07/2020

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Coimbra, 4 de Julho de 1949 – Fazer uma literatura o mais perto possível da clandestinidade, mas publicável, é a única esperança de salvação que resta ao artista. Em guerra com o presente, mas impressa nele, a sua obra poderá ter certa grandeza. Mesmo que não consiga os louros que se dão aos puros guerrilheiros, que se coroam, mas que se desarmam, talvez conquiste a simpatia que se dá a quem renega o seu tempo, nem o quer vender ao futuro.”

Miguel Torga, “Diário V” 2ª ed. Revista, pág. 31, Coimbra Editora, 1955.

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