“Coimbra,
4 de Julho de 1949 – Fazer uma literatura o mais perto possível
da clandestinidade, mas publicável, é a única esperança de
salvação que resta ao artista. Em guerra com o presente, mas
impressa nele, a sua obra poderá ter certa grandeza. Mesmo que não
consiga os louros que se dão aos puros guerrilheiros, que se coroam,
mas que se desarmam, talvez conquiste a simpatia que se dá a quem
renega o seu tempo, nem o quer vender ao futuro.”
Miguel
Torga, “Diário V”
2ª ed. Revista, pág. 31, Coimbra Editora, 1955.
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