“Coimbra,
9 de Julho de 1949 –Em conversas com um amigo, discutimos esta
manhã se a táctica que nos resta não será enveredar pela solução
do século XVIII. Livros sem nome de autor, impressos
clandestinamente
Mas o anonimato meteu-me sempre confusão. Sou um homem directo, de
jogo franco, descoberto, amigo de pegar o toiro pelos cornos. Além
disso tenho da arte uma ideia individualista, cada pedra da catedral
marcada com a sigla do pedreiro que a lavrou.
É claro que, em última análise, votarei pela catedral contra a
assinatura do canteiro…
Todas as catacumbas são legítimas.”
Miguel
Torga, “Diário V”
2ª ed. Revista, pág. 33, Coimbra Editora, 1955.
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