Porto,
27 de Maio de 1944 –
O romance é a vida de
relação. Onde não há convívio não pode haver enredos, nem
lances. Ora como em Portugal cada um tem a sua toca e a sua
pateguice, não há romance. O pobre do Camilo bem quis. Mas era
sempre a mesma gente a fazer as mesmas cenas. O que matou aquele
grande génio foi nunca ninguém o convidar para tomar chá.
Miguel Torga, “Diário
III”, pág. 58, 1954, Coimbra.
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