“Coimbra,
22 de Abril de 1949 – O homem citadino não consegue
continuadores. O político julga-se insubstituível; o literato cuida
que depois dele ninguém mais saberá escrever; o industrial pensa
que o seu génio empreendedor estancou as fontes da habilidade
comercial.
Só
o camponês deixa herdeiros. Exactamente porque nenhum homem da terra
se considera excepção, pode ensinar naturalmente ao filho todas as
aquisições da sua experiência, e torná-lo um igual e um
sucessor.”
Miguel
Torga, “Diário V”
2ª ed. Revista, pág. 13, Coimbra Editora, 1955.
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