“Coimbra,
10 de Março de 1943 – Dois
chineses na sua algaraviada, e esta ideia que me ocorreu:
Que,
apesar da dificuldade aparente, aprender a língua de Confúcio não
deve ser coisa de atrapalhar ninguém. O homem, embora às vezes
pareça o contrário, é modesto. Inventa dois mil caracteres, e
serve-se apenas de vinte ou trinta. Descobre a metafísica, o cálculo
diferencial, a lógica formal, a botânica, mas fala cotidianamente
de coisas triviais. De pão, de vinho e de pantufas.”
Miguel
Torga, "Diário II", pág. 136, Coimbra.
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