“Depois,
a presença angustiosa das misérias humanas, tanto velho sem lar,
tanta criancinha sem pão, e a incapacidade ou indiferença de
monarquias e repúblicas para realizar a única obra urgente do mundo
«casa para todos, o pão para todos», lentamente me tem tornado um
vago anarquista entristecido, idealizador, humilde, inofensivo…
Anarquismo mesmo vago; tristeza, mesmo filosófica; idealização,
mesmo escondida não compõem um bom cortesão.”
Eça
de Queiroz, “Notas Contemporâneas”, pp.359-360,Livros do Brasil, Lisboa.
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