“O
mais curioso é que talvez por não terem mulheres ou por andarem cheios
de medo dos professores, se vingavam constantemente uns nos outros,
rasgando capas à tesourada, rapando o cabelo aos mais fracos, fazendo
trinta por uma linha. Nessas ocasiões soltavam gritos de guerra:
«EFE-ERRE-A... FRÁ!»
«EFE-ERRE-E... FRÉ!»
«EFE-ERRE-I... FRI!»
procurando assim decorar o abecedário.
Longe, nos quintais, os que não andavam de tesoura em punho cantavam para chamar mulher. E, Jesus, era de arrepiar. Ouvia-se a guitarra: gemia tremidos, miudinha, ouvia-se a voz: tinha trinados de ave capada, toda mel e lua cheia. Estava-se, escusado será dizer,
NA CIDADE DOS DOUTORES”
«EFE-ERRE-E... FRÉ!»
«EFE-ERRE-I... FRI!»
procurando assim decorar o abecedário.
Longe, nos quintais, os que não andavam de tesoura em punho cantavam para chamar mulher. E, Jesus, era de arrepiar. Ouvia-se a guitarra: gemia tremidos, miudinha, ouvia-se a voz: tinha trinados de ave capada, toda mel e lua cheia. Estava-se, escusado será dizer,
NA CIDADE DOS DOUTORES”
José Cardoso Pires, “Dinossauro Excelentíssimo”, pág. 22, Liv. Bertrand, 1973.
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