12/11/2012

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“… Às vezes ALGUÉM, estranho de todo ao corpo e à sensibilidade, aos interesses de SI, é que toma a palavra.
                Vê e qualifica com frieza a vida, a morte, o perigo, a paixão, todo o humano do ser – como um outro, uma testemunha toda inteligência…
                Será a alma?
                Claro que não. Pois está como que além de toda a «afectividade». É o conhecimento puro com uma espécie de singular desprezo e alheamento do resto – como um olho a ver o que vê, sem lhe atribuir nenhum valor não cromático… Capaz de contar os botões ao fato do carrasco…”

Paul Valéry in ‘Senhor Teste’

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