_________________ e viva o
povo!
Ramiro Ramires de Ramada e
Ramos, cultivador das Musas e de alguma Indústria, casado
católicamente com Dona Marta Martim de Coutim e Coutinho,
cultivadora das Musas e de propriedades rurais, sentiu-se um dia
profundamente triste na sequência de mais um conflito israelo-árabe,
o de 1973.
– O homem moderno precisa de
velocidade! – confidenciou a um amigo.
De facto, por meras questões
ideológicas, o combustível escasseava. Os três automóveis do
casal sofriam horrores para atestarem os depósitos. E em
fins-de-semana nem uma bomba funcionava, visto o Governo, como todos
os imbecis Governos desta terra, clamar incessantemente por
austeridade.
JoséMartins Garcia, “Revolucionários e Querubins”, Fernando Ribeiro
de Mello / Edições Afrodite, p. 13, Lisboa, 1977.