“O
doido mais perigoso que encontrei era um tipo que se fazia passar
pelo volume XVI do «Dicionário Otto». Implorava aos amigos que o
abrissem e procurassem o que dizia o Dicionário na palavra «operária
de cartonagens»; se não lhe fizessem esse favor ficava perdido. Só
a camisa de forças era capaz de lhe dar alguma alegria. Nessa altura
sentia-se feliz e dizia que já não era cedo para entrar no prelo, e
exigia uma encadernação moderna.”
Jaroslav
Hasek, “O Valente
Soldado Chvéĭk”,
pág. 42,
Portugália Editora, Lisboa, s/d. Trad. Alexandre Cabral. Capa de
Paulo Guilherme.