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02/01/2017

Restauro e Encadernaçäo de "O Cozinheiro dos Cozinheiros" - Primeira Parte (Avaliaçäo do estado da obra)...


Exemplo de uma encadernaçäo de "O Cozinheiro dos Cozinheiros"

Outro exemplo de uma encadernaçäo de "O Cozinheiro dos Cozinheiros"


"O Cozinheiro dos Cozinheiros, que para a presente edição como para as anteriores, obteve a primorosa collaboração de muitos escriptores e amadores, cujas receitas formam uma valiosa e interessante colecção, a qual, se lhes demonstra a finura de espirito e a graça do dizer, tambem lhes evidencia o culto pela famosa e vital arte de bem cozinhar(...)”.

Obra curiosa e bastante rara, enriquecida com receitas inventadas pelos distinctos escriptores e artistas portuguezes A. A. Teixeira de Vasconcellos, A. Batalha Reis, Alexandre Dumas (Pae), Alexandre Dumas (Filho), A. J. de Souza Almada, A. J. Xavier Cordeiro, Alfredo Sarmento, Anonymus, Barão de Roussado, B. Martins da Silva, Brito Aranha, Bulhão Pato, C. Mariano Froes, Candido Figueiredo, C. de Moura Cabral, Charles Monselet, Conde de Arnoso, Conde de Monsaraz, Coquelin Cadet, Eduardo Coelho, Eduardo Vidal, Fialho d’Almeida, F. Gomes d’Amorim, Fragoso, Gyp, Henrique Lopes de Mendonça, Henrique de Vasconcellos, J. I. de Araújo, Jayme Victor, João da Camara (D.),  Jules Claretie, Julio Cezar Machado, Luciano Cordeiro, Luis d’Araujo, M. Henriques da Silva, M. Monteiro, Maximiliano d’Azevedo, M.C., Ramalho Ortigão, Rangel de Lima, Raphael Bordallo Pinheiro, Saint-Simon, Severo dos Anjos e Visconde de Benalcanfor...”


Texto retirado DAQUI


INÍCIO DE RESTAURO E REENCADERNAÇÄO






Lista de Escritores

Lista de Escritores (Continuaçäo)












Danos na lombada provocadas por uma má colagem e colas inadequadas

17/10/2016

Dourador...



"Fragmento “Fundação e Manifesto do Futurismo”, 1908, publicado em 1909, no Le Fígaro.
“Então, com o vulto coberto pela boa lama das fábricas – empaste de escórias metálicas, de suores inúteis, de fuligens celestes -, contundidos e enfaixados os braços, mas impávidos, ditamos nossas primeiras vontades a todos os homens vivos da terra:
  1. Queremos cantar o amor do perigo, o hábito da energia e da temeridade.
  2. A coragem, a audácia e a rebelião serão elementos essenciais da nossa poesia.
  3. Até hoje a literatura tem exaltado a imobilidade pensativa, o êxtase e o sono. Queremos exaltar o movimento agressivo, a insônia febril, a velocidade, o salto mortal, a bofetada e o murro.
  4. Afirmamos que a magnificência do mundo se enriqueceu de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um carro de corrida adornado de grossos tubos semelhantes a serpentes de hálito explosivo… um automóvel rugidor, que parece correr sobre a metralha, é mais belo que a Vitória de Samotrácia.
  5. Queremos celebrar o homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada a toda velocidade no circuito de sua própria órbita.
  6. O poeta deve prodigalizar-se com ardor, fausto e munificência, a fim de aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
  7. Já não há beleza senão na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças ignotas para obrigá-las a prostrar-se ante o homem.
  8. Estamos no promontório extremo dos séculos! …. Por que haveremos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Vivemos já o absoluto, pois criamos a eterna velocidade onipresente.
  9. Queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos anarquistas, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo da mulher.
  10. Queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de todo tipo, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.
  11. Cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos a maré multicor e polifônica das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas: as estações insaciáveis, devoradoras de serpentes fumegantes: as fábricas suspensas das nuvens pelos contorcidos fios de suas fumaças; as pontes semelhantes a ginastas gigantes que transpõem as fumaças, cintilantes ao sol com um fulgor de facas; os navios a vapor aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de amplo peito que se empertigam sobre os trilhos como enormes cavalos de aço refreados por tubos e o voo deslizante dos aeroplanos, cujas hélices se agitam ao vento como bandeiras e parecem aplaudir como uma multidão entusiasta.
É da Itália que lançamos ao mundo este manifesto de violência arrebatadora e incendiária com o qual fundamos o nosso Futurismo, porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários."