Coimbra,
6 de Fevereiro de 1935
– A
sina dos homens! Daqui a trinta anos já ninguém sabe que Gary
Cooper existiu. E, contudo, a cena da flor que vi há pouco num filme
dele é tão bela como a Vénus de Milo, como a Vitória de
Samotrácia, como um hino de S. Francisco de Assis.
Gravar, riscar, esculpir, cavar numa pedra, num papiro, num papel,
mas, em última análise, escrever – por ser a única maneira de
eternizar a expressão.
Miguel
Torga, “Diário I”, pág. 17,
1941, Coimbra.
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