06/02/2020

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Coimbra, 6 de Fevereiro de 1935 A sina dos homens! Daqui a trinta anos já ninguém sabe que Gary Cooper existiu. E, contudo, a cena da flor que vi há pouco num filme dele é tão bela como a Vénus de Milo, como a Vitória de Samotrácia, como um hino de S. Francisco de Assis.
Gravar, riscar, esculpir, cavar numa pedra, num papiro, num papel, mas, em última análise, escrever – por ser a única maneira de eternizar a expressão.

Miguel Torga, “Diário I”, pág. 17, 1941, Coimbra.

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