Manuel da Silva Ramos |
“O meu rosto é um
negócio local.”
pág.
88
“Somos a tecla dum
piano morto. Continuamos a tocar porque nos batem.”
pág.
90
“Lídia adormece,
morre nesta linha.”
pág.
92
“(...)
Mulher: minha colher
A orquestra é o ar
da festa.
O trombone, uma
borboleta. O piano dum ano.
A mulher que trago
nos braços tem dois cabelos no meu diário.
Um dum verde
francês. O outro a fugir para o castanho, para Espanha
Mulher com saias
curtas
Os joelhos fugindo
para a nossa vida.
A risca do cabelo:
rio Eufrates.
O bigode corre sem
interrupção nas margens dos lábios.
Os teus mamilos
fi-los.”
pp.
93-4
“O teu dentífrico
é a alegria.”
pág.
98
“Sê louco leitor.
(Ao menos uma vez). Come esta folha.”
pág.
98
Manuel da Silva
Ramos, “Os Três Seios de Novélia”, Editorial Inova, Porto, 1969.
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