05/03/2016

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Manuel da Silva Ramos


“O meu rosto é um negócio local.”
pág. 88


“Somos a tecla dum piano morto. Continuamos a tocar porque nos batem.”
pág. 90


“Lídia adormece, morre nesta linha.”
pág. 92


“(...)

Mulher: minha colher




A orquestra é o ar da festa.
O trombone, uma borboleta. O piano dum ano.


A mulher que trago nos braços tem dois cabelos no meu diário.
Um dum verde francês. O outro a fugir para o castanho, para Espanha


Mulher com saias curtas
Os joelhos fugindo para a nossa vida.


A risca do cabelo: rio Eufrates.


O bigode corre sem interrupção nas margens dos lábios.


Os teus mamilos fi-los.”
pp. 93-4


“O teu dentífrico é a alegria.”
pág. 98


“Sê louco leitor. (Ao menos uma vez). Come esta folha.”
pág. 98


Manuel da Silva Ramos, “Os Três Seios de Novélia”, Editorial Inova, Porto, 1969.

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