30/05/2012

«O Barão» do Branquinho da Fonseca em versão liceal...


Branquinho da Fonseca



1

A tez mais clara... Pariu um nome. Branquéla ou branquinho, é o que os outros manos me chamam... Puta que os pariu... Vêm todos com aquela cena de sermos todos uns escravos e tal... Sou pintor... Yah... gráfites... Tenho nome na rua... O people já conhece as minhas cenas... São diferentes, e em sítios que é uma ’ventura chegar lá... No meu bairro tem lá muitas cenas, antigas... writings... Mas é uma cena que já me desinteressei... Gosto de diversificar... A cena que mais curto é pintar comboios...  Vou sempre pintar sozinho... Preciso de calma para pintar... Se alguém vai comigo só faço merda... Curto pintar! É uma cena que acalma, tás a ver! As ideias vêm-te à cabeça «vrum-vrum», é uma nitidez! Mas para pintar bem, é preciso estar muito tempo quieto... Pensar, ver... Ninguém que eu conheço tem muita paciência... Por isso não levo ninguém atrás... A cena cansa... Exige certa monotonia... Entusiasmo-me com paisagens diferentes e pessoas diferentes, e povos diferentes... E isso vê-se no que pinto!... Mas se for sempre esse o assunto também cansa.


2

Estava a pintar nas paredes de uma escola primária que já tinha estabelecido como spot nos meus passeios...  Quando chegou uma pequena... E ficou a olhar a cena... E eu não gosto que ninguém esteja a ver o work in progress... Não me sinto à vontade!... Sentei-me no degrau da escada a fumar... Ela até estava na descontra, não era muito bonita, mas tinha uns olhos curiosos... E dois dedos de testa... E até gostei dela se ter sentado comigo na escada, fez-me algumas perguntas e foi ela que explicou, pelo alto, que a maior parte das pinturas daquela zona eram dum tal de Barão... E que essa parede era muitas vezes pintada por ele, e que se calhar ele não ia gostar que pintassem ao pé das suas cenas. Depois mudou de assunto e começou a falar da vida no seu bairro, e das histórias do pessoal que se vai safando!... E outros que não!... Mas no fundo, até tinha uma visão optimista. Falei: “Yah, somos todos uns inadaptados!” Disse a cena, mas era mentira. O ser humano é o animal mais adaptável!... Ela ergueu-se, acho que se assustou, quando disse que “yah, é mesmo isso!...” Acho que não gostou de se ouvir... Deve ter achado que se tava a conformar, sei lá!... Passado um nico... Ouço um assobio... Um cão, daqueles fodidos, estava já a cheirar as minhas latas! Por trás de mim, aparece um tipo grande, de boné preto e capuz por cima do boné, tudo preto, disse longe, parando, baixinho:
            “-Tudo!”
O gajo era big... Novo, mas um aspecto bruto, de quem já viu muitas cenas fodidas... Andava devagar, aquela cena impressionou-me... Ele mexia-se: ou lento ou lentamente, era as suas duas velocidades, as suas duas mudanças... Mas estava na sua zona, andava à vontade, sem stresses, parecia o dono daquela merda toda... Olhou para a minha pintura e mirou-me de esguelha com um certo ar de desprezo!... Pensei que estava fodido!... Mas de repente a cara mudou, a rir perguntou-me donde vinha e quem era. Aquilo ainda me deixou mais tenso... Pensei que tivesse a fazer de bonzinho... De amiguinho... Para depois me fazer a folha... Aquela jogada do bad e do good cop... A ver se cola!... Mas o gajo nem ouviu o que eu disse, continuava a rir e a falar. Passado um pouco, pensei que este tipo até é porreiro, o Barão era, afinal, uma pessoa de bem. Mas fui reparando, que o people não se sentia muito à vontade ao pé dele. A pequena, tão faladora, parecia uma parvinha muda... E à primeira oportunidade bazou. Eu achava-o básico... E meio labrego... Mas até estava a achar piada a isso... Disse-me que era o seu convidado para ficar no bairro, inventei bué de histórias... Que não podia... Que tinha que ajudar a minha mãe & tal!... O gajo não quis saber. Que não lhe ia fazer a desfeita... Pôs a mão no ombro e aquela merda é muito África ou então de ciganice, vi logo que tava enrascado e que não me ia safar facilmente...  Rematou com um: “- Quem manda aqui sou eu!” Voltou por instantes a ter um olhar fodido, para logo mudá-lo para um sorriso meio parvo... Achei que tava naquela, de ter encontrado um outro pintor, e que queria conviver e mostrar-me aquele meio. Pegou-me pelo braço, e disse que gostava de ter convidados... Disse-me que eu deveria era ficar lá uma semana e, que se quisesse, que mandasse vir amigos e amigas... Que cena!... Pensei... Respondi que no máximo podia estar dois dias, mas ele endureceu outra vez a cara e respondeu não sei se a brincar ou a sério:
“- Vai-se ver. Quem manda aqui sou eu!”
Puta de sacanice, tou fodido... Este gajo parece maluquinho... Fiz finca-pé no assunto e disse que não podia demorar mais, e que me lembrei que tinha cenas para fazer amanhã de manhã, e que tinha de ir agora, já, para preparar as coisas.
“-Que coisas!” Disse com desprezo. Pondo-se de pé! Levantei-me também e pus uma cara de ofendido pela pergunta. Mas o gajo riu-se e disse:
“- Deixe lá essas coisas!” E voltou a pôr uma das mãos no meu ombro e a caminhar-me em direcção ao bairro... Estava marado!... A facilidade com que fiquei sem a minha liberdade, já estava a estudar um corredor de fuga para me pôr a correr... Quando o Barão, disse já com a cara simpática:
“- Desculpa, não tenho jeito, estas maneiras de falar. É brincadeira... Gosto de brincar com coisas sérias.” Mudámos a conversa... Fiquei curioso... E quis saber mais coisas dele... Continuámos a andar... E já estávamos bem no interior do bairro...
“- Na segunda-feira temos aí uma malta da cena de Coimbra, e umas sócias, que é o fim do mundo! Conheces Coimbra? Pois claro! Quem é que não conhece Coimbra? Até já pintei um burro numa parede de Coimbra. Quando cheguei à Universidade compreendi que aquilo é para burros. Vim a casa, meti as minhas latas no comboio (era um burro preto, uma estampa!... em stencil...) E allez para Coimbra. Juntei o gang, fomos em procissão até à Porta Férrea e ali, de cima do leão, gritei às massas:
- Há aí alguém que tenha dúvidas de que isto (e apontei a Universidade) é para burros? Responderam todos como um trovão. «Naaaão!!!» Pois então, este que tenho aqui vai tomar capelo. Entrámos no pátio da Universidade e pintámos o burro. Com a frase doutorado em Direito. E de capelo e capa... E o caloiros a olhar!... Mas tenho muitas histórias em Coimbra se começo nunca mais acabo...”


3

Chegámos à frente das barracas... Senti um cão a cheirar-me as pernas... Não sei se era o mesmo... Mas parecia tão fodido pra  luta como o outro... Acendeu-se uma luz. Havia mais gente. Mas tudo parecia abandonado há muito ano, onde entrámos com não sei que inquietação são ilhas... Estas, ao primeiro olhar, parecem desertas... Yah!... Isso sim é que era uma cena... Se tudo tivesse deserto!... Ma não!... O Homem aguenta!... Luta!... E somos nós que nos traímos. A vida não é só ganhar dinheiro. Isto é só no início! Para acalmar as necessidades físicas... Tás a ver, aquela cena da pirâmide. (Yah, Pavlov!) Que Pavlov que quê! É Maslow! Yah é isso, enganei-me! Ou dizes a cena direito ou então cala-te!... Mas tava a dizer-te que as forças bazam todas, ao tentar ter o que o people deveria ter de graça... E que só não temos porque os homens se atraiçoam uns aos outros... São inimigos. Isto não é vida! Não pode ser... O melhor que tenho a fazer é bazar desta merda... Ir para os montes, caçar e plantar como os antigos... Tá tudo parado aqui!... E eu também tou para aqui a atrofiar como muitos... A ficar maluco!...

O Barão também é daqueles que tão a atrofiar... Mas acho que não entende estas cenas como eu... Tá na dele... A vigiar para que a merda não descambe do seu controlo... Às vezes tinha uma tirada feliz e esperta, e até parecia que era um rei que falava... Mas só às vezes... É um duro, tem de ser para sobreviver neste bairro... Tem de ser como um animal bravo!... Mais instinto que cabeça...

Disse-me para não tirar o casaco que à noite é um briol... Aquilo estava cheio de buracos e entrava frio por todo o lado. O Barão ficou também com o capuz... Sentámo-nos num colchão... Eu estava com fome... Mas, não disse nada. Sacou de um saco plástico com uma ganza, fez a cena e deu-me para acender... Disse-lhe que fumasse ele que eu tava de estômago vazio!... Chamou-me preconceituoso, e acendeu o charro dando um bafo fundo, começou logo a falar como se aquilo tivesse batido logo... E ia dando pequenas passas... Havia uns panos a fazer de cortinas numa porta que abanavam com o vento... Eu ainda pus-me a olhar, naquela, a ver se aparecia mais alguém. A ver se o Barão tinha mais people dele, ali. Mas estava tudo num silêncio, e a barraca era maior do que pensava. O Barão continuava a contar as suas aventuras, eu às vezes desligava... E estava mesmo com fome. Já tinha olhado algumas vezes para o relógio, mas meio escondido, resolvi ficar vidrado nele, eram dez horas da noite, e eu já não comia nada desde do meio-dia... O Barão continuava a contar os seus filmes, a cagar-se se eu o ouvia ou não... Estava a falar para si... E aquilo via-se que era um gosto para ele... Começou por contar histórias cómicas de lutas e de coragens, mas agora, as histórias tavam a ser cada vez mais tristes e sentidas. Tava a olhar para trás com saudades... A sentir mesmo a cena... Levantou-se e pôs-se logo a fazer pouco de tudo o que disse. “O passado!... Mas o que somos, senão o passado? Fazemos uma cena e já é passado. E não podes mudar a cena!...” E sentando-se deu mais duas passas... Eu estava fraco, a olhar prá ganza, nas mãos grossas do Barão a ser esmigalhada... Não sei se aquilo lhe tava a bater... Ou se ele, só fazia charros para ter o que fazer... Fumava mais um, eu olhei outra vez para a cebola... Dez e meia. Onde é que vou comer a esta hora? O Barão tava outra vez no esmigalha.
“- Não te bate mal sem comeres nada?”
“- Nunca como...”

Tou fodido! Eu com uma larica e em casa de um gajo que não come!
“- Pois eu já trincava qualquer coisa.”

Virou a cara para a cortina da porta e berrou:
“- Jasmin!”
“- Desculpa, men... Quem me conhece... Não faz cerimónias. Não faças cerimónias!”
“- Yah...”

Entrou uma tipa alta, bem-feita, de nariz no ar, e o cabelo esgrouviado de quem acordou agora. E a fazer que não me via. O Barão sempre a tangar não sei sobre o quê... Nem sei se viu-a a entrar, mas ela cortou-lhe o pio com um:
“- Que é...” Que era mais um grito...

Pensei que ia haver estrondo... Já tava a vê-la levar com uma cena qualquer na tola, mas não. Fez um sorriso à Barão, que um gajo não sabe se é a sério ou no gozo:
“- Este meu velho mano... Quer cumprimentar-te... E quer que tragas alguma coisa que se trinque...”

A gaja era boazona. E no pico do seu prazo: deveria ter sido grande toura. Percebia-se que tava ali em casa... À patroa. Bazou para dentro, e eu fiquei a olhar para o abano que fez na cortina. O Barão sacava mais umas passas, no mesmo ou noutro... Sei-lá!... Mas agora tava calado. Eu só pensava no que ela me ia pôr à frente... Saquei de um cigarro para empurrar a saliva para baixo...
“- Tens de ficar cá pra’i uma semana... Para veres bem as cenas que por aqui se passam... É cada filme, não tás a ver...”
“- Yah, era fixe... Mas não posso. Não sou livre...”

O Barão pôs o seu sorriso... Mas estranhei não ter teimado.
“- Esta gaja tá sempre a fazer-me lembrar certas cenas... Não dela... Outras merdas... Esta é uma vaca como as outras... Eu às vezes vendia as minhas conquistas... Sabes a quem?... Ou meu velho... Vê lá a cena... Trocava-as... Quando precisava de guíto... Ou de outras cenas... Ele até se babava... Agora já não!... Não quero nada a ver com essas merdas... Tou mais frio...” (sorria à sua maneira). Passado um coche ao atascar novo charro:
“-Tu... Já curtistes mesmo a sério alguma miúda?”
“- Não.”

E fiquei calado, para puxar a conversa ao gajo... Mas o tipo já se tava a arrepender... Já não queria abrir-se. Aquilo pra mim era divertido... Vê-lo entalado... A querer falar... Mas depois a bufar só ar... Depois lá arrancou, mas não se descoseu!... Falava apenas duma tipa por quem tinha tido uma paixão, não disse o nome, era apenas uma «Ela»...  Mas a cara de enjoado dele já me tava a tirar o apetite... Tentei virar a coisa prás pinturas.
“- Isso não interessa... Mas d’Ela também não tem interesse... Tem, mas não tem... Tás a ver?... Uma vez pintei-a... Mas depois alguém borrou por cima. Não sei se ela o viu antes. É a única que ainda dói... Tás a ver?... Mas agora, para mim a cena é mais animal... Ou fode, ou vai-se foder... São todas putas... E pra mim, tá bem!... Quando precisava de dinheiro levava fêmeas reles ao meu velhote... O gajo era uma javardo... Devia pensar que tava em África a cobrir pretas...”

A Jasmin entrou, e desembrulhou um papel vegetal com bocados de frango de churrasco e batatas fritas de pacote. Não deitei atenção a mais nada. Até que depois de ter devorado a cena, voltei a escutar o que Barão dizia. Fodasse, tava bem melhor... Até me encostei pra trás... E acho que pus um sorriso como o do Barão...
“- ...Uma vez cheguei lá casa. E era ele que tinha arranjado uma... Ele só arranjava merda, mas aquela até era séria... Andava à minha volta fodido a querer-me ver dali pra fora... Para se pôr em cima da gaja à vontade... E eu nada!... Ui!... Ficou bravo!... Saiu pra tomar um copo... E pra ver se eu me chateava e bazava... Mas enquanto tava fora. Adivinha?... Fui eu que trepei na gaja. Vinguei-me!...”

Passou-me o charro acesso... E eu afundei-me mais um bocado no colchão...

“- Que cena?... A gaja ainda era chavalita... Agora me lembro. Sangrou e tudo!... Eu no fim até pedi desculpa. Chi... Que cena marada... E tive também que desaparecer por uns tempos porque o pai dela andava à cata de mim pra me matar.”
“- Yah, que cena!...”

O Barão continuou a recordar mas agora falava mais para dentro... Os charros é que continuavam a rolar... Mas agora era eu, de papo cheio, que dava conta deles...
- Sou mesmo uma besta!... A sério, sou mesmo animal! Tou a ficar como o meu velho. Puta que pariu!... Não... Não pode... Aquele sacana era mais porco... Não tinha remorsos... Eu tenho!... Ele não respeitava nada!... Nem a ele nem aos seus... Acredita... Ele era mil vezes pior”

Quando olhava pra mim, eu só abanava a cabeça... E se o gajo se repetisse... Começava a abanar a cabeça pró outro lado... Era esta a conversa... Mas o Barão foi-se a baixo... Isso via-se... Ergueu-se, e pôs-se a olhar à procura de qualquer cena.
“- Jasmin!...”
“- Ei men... Deixa a 'tar a dormir...”
“- Foda-se, não faz mais nada... Quero que ouças uma cena... Jaaasmin!... A cena pra ouvir música?... Onde tá?”

Ela chegou-se à cortina... Mas ficou no escuro.
“- Onde tá?”
“- Tu partiste-o...”
“- Aonde?... Chama-os!...”

Ela veio até junto de mim buscar o papel e os ossos e foi para a rua!... Deve ter ido deitar fora ao lixo... Pra não ‘tar, ali, a criar cheiro... O Barão voltou a sentar-se e enfiou a mão no saco... Passado uns tempos no meio de um nevoeiro de ganza, ela aparece com um outro pacote de batatas fritas prá gente... O Barão nem tocou nelas... Tava bem, não come!... A mim a ganza dá-me uma fome...
“- Cheira este pólen!... É dos Páquis!... Arranjou-me um amigo meu...”

Destapava o plástico... E dava-me a cheirar...
“- Vou fazer um deste, pra provares!... Manja este cheirinho, tudo natural... Nada de químicos...”

A conversa, não sei bem como, virou prás gajas:
“- As brasileiras são boas pra caralho!...”

Discordei: Disse que as brasileiras só tinham unha e bunda... Que não tinham mais nada... Que gostava mais das nórdicas, e das alemãs... Eram mais malucas...

“- Nada... São umas insonsas... Eu gosto de carne... Sou carnívoro... Gosto de uma gata com as unhas de fora... Dão luta!... É uma cena de selva... Como se diz... yah!... Umas amazonas... Nunca se deixam domesticar, tou-te a dizer a verdade…”
“- As suecas são assim...”
“- Naã... Só têm os olhos e o cabelo loiro... Que é uma cena fixe!... Nisto não há tangas... É preciso ir lá... Com os dentes e com as unhas...”

E olhava pra uma das suas mãos a fazer de garra... Estávamos os dois muito ganzados com a cena paquistanesa... O Barão levantou-se:
“- Vamos brindar a uma gaja.”

E foi para dentro pela porta de cortina... Voltou com duas cervejas de lata... Mas não conseguia abrir... Ficou com a cenita de abrir nas mãos... Então empurrou a coisa para dentro com um dedo gordo... Eu abri a minha sem problemas... Ergueu a lata para o brinde:
“- A que gaja?”
“- A única!”
  
Chegámos a lata à boca ao mesmo tempo... Eu dei um gole... Olhei para o Barão que bebeu tudo de golada, amassou a lata e atirou-a pró chão... Repeti-o: bebi tudo no meu segundo trago... Amassei a lata e depois atirei-a pró chão... Naquela casa tudo ia ao tapete... Deu-me um tapa no ombro e começou a rir... Eu ainda não o tinha visto rir daquela maneira, era uma cena aberta... E simpática...
“- Vamos.”

4

Fomos lá pra fora... Andámos um pedaço às voltas no bairro... Mas não me lembro do que andámos a fazer. E nem sei o tempo que demorámos. Lembro-me de não termos visto ninguém... Às vezes parecia que ouvíamos uns passos... Mas não víamos ninguém... Estávamos outra vez à porta da barraca e entrámos. A Jasmin tava a apanhar as latas do chão...
“- Quero comer. E traz duas latas...”

Começou a rir, a rir... Eu também...
“- Ah... Sempre comes?...”

O Barão ria, ria... Eu também... Doía-me o peito de tanto rir...O Barão olhava para a Jasmin com as latas amassadas nas mãos... Apontava-as e escangalhava-se a rir...


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