Maria Aldina da Costa Neves Forte
(1939-2011)
Poema |
Alguma coisa onde tu parada fosses depois das lágrimas uma ilha, e eu chegasse para dizer-te adeus de repente na curva duma estrada alguma coisa onde a tua mão escrevesse cartas para chover e eu partisse a fumar e o fumo fosse para se ler alguma coisa onde tu ao norte beijasses nos olhos os navios e eu rasgasse o teu retrato para vê-Io passar na direcção dos rios alguma coisa onde tu corresses numa rua com portas para o mar e eu morresse para ouvir-te sonhar António José Forte |
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