28/02/2019

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“O doido mais perigoso que encontrei era um tipo que se fazia passar pelo volume XVI do «Dicionário Otto». Implorava aos amigos que o abrissem e procurassem o que dizia o Dicionário na palavra «operária de cartonagens»; se não lhe fizessem esse favor ficava perdido. Só a camisa de forças era capaz de lhe dar alguma alegria. Nessa altura sentia-se feliz e dizia que já não era cedo para entrar no prelo, e exigia uma encadernação moderna.”

Jaroslav Hasek, “O Valente Soldado Chvéĭk”, pág. 42, Portugália Editora, Lisboa, s/d. Trad. Alexandre Cabral. Capa de Paulo Guilherme.

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