No ano
de 2003, eu e mais 4 artistas 'plásticos' [1]
iniciámos a programação de um espaço de exposição de arte contemporânea que
funcionou durante 3 anos num salão de bilhar de um café que conheceu o seu tempo áureo (no que diz respeito ao negócio em jogo) no final da década de 70
e na primeira metade da década de 80. Este salão de jogos do Porto (O Salão
Olímpico) situa-se na rua onde há uma grande concentração de galerias (A Rua
Miguel Bombarda). Em 2006 reuniu-se numa publicação, toda a actividade do Salão Olímpico, a edição é da Fundação Serralves juntamente com o Centro Cultural Vila Flor. A coordenação da publicação foi feita pelo artista José Maia.
Rui Azevedo Ribeiro
Entrevista de Isabel Ribeiro e José Maia
[1] Eduardo
Matos, Carla Filipe, Renato Ferrão e Isabel Ribeiro
Sem que eu pedisse, fizeste-me a graça
de magnificar meu membro.
Sem que eu esperasse, ficaste de joelhos
em posição devota.
O que passou não é passado morto.
Para sempre e um dia.
O pênis recolhe a piedade osculante de tua boca.
Hoje não estás nem sei onde estarás,
Na total impossibilidade de gesto ou comunicação.
Não te vejo não te escuto não te aperto
Mas tua boca está presente, adorando.