17/08/2017

Restauro...


Biopolítica...

"(...) o escritor, há cem anos, dirigia-se particularmente a uma pessoa de saber e de gosto, amiga da eloquência e da tragédia, que ocupava os seus ócios luxuosos a ler, e que se chamava «o Leitor»: e hoje dirige-se esparsamente a uma multidão azafamada e tosca que se chama «o público».
(...) a ideia de leitura, hoje, lembra apenas uma turba folheando páginas à pressa, no rumor de uma praça."

Eça de Queiroz, “Notas Contemporâneas”, pág. 96, ed. Livros do Brasil, Lisboa.
 
"Quem lê hoje Homero? Quem lê Dante? Qual de vós, qual de nós leu a «Odisseia» e «Os Sete diante de Tebas», e Sófocles, e Tácito. e o «Purgatório», e os dramas históricos de Shakespeare, e até Voltaire, e até Camões? Decerto têm-se opiniões sobre o «nosso estilo de Tácitos», e a «ironia de Aristofánes»; mas essas sentenças transmitem-se, já feitas, para uso da eloquência, um pouco apagadas e cheias de verdete, como os patacos que vão de mão em mão."

Eça de Queiroz, “Notas Contemporâneas”, pág. 93, ed. Livros do Brasil, Lisboa.

15/08/2017

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“Claro que vai sendo difícil saber-se o que é uma literatura (uma arte) revolucionária, qual o seu grau de incidência num contexto social marcado pelo predomínio cultural e económico das classes burguesas. É nestas, já se sabe, que se recrutam os consumidores “cultos”, ávidos de “surpresas”, abertos às “inovações”. Aquela burguesia insatisfeita culturalmente mas muito instalada nas suas prerrogativas económicas devora tudo, inclusivamente o que a “contesta”. Este o drama das estéticas ditas de “vanguarda”, cedo transformadas – e conformadas – em novos academismos. Elas, por si só, não constroem um novo sistema cultural: muito pelo contrário, dão injecções de vitalidade ao sistema estabelecido. Julgando destruí-lo, prolongam-no. Querendo-se bombas, verificam-se (quando dão por isso) bichas de rabiar – atrevidas, barulhentas, divertidas, inofensivas.”

Vitor Silva Tavares, “Notas para um Prefácio (a Haver) com Pedido de Posfácio”, pág. 14, ed. Viúva Frenesi, Lisboa, 2017.

14/08/2017

Ferros Novos...













“Meu Querido Mês de Agosto”...


“Quando chego a Portugal, depois de um ano de Inglaterra – além de tanta, tanta, coisa que estranho – há uma coisa que me deslumbra, e outra que me desola: deslumbra-me as fachadas caiadas, e desola-me a população anémica. Que figuras! O andar desengonçado, o olhar mórbido e acarneirado, cores de pele de galinha, um derreamento de rins, o aspecto de humores linfáticos, a passeata triste de uma raça caquética em corredores de hospital: e depois um olhar de vadiagem, de «ora aqui vou, sim senhor, de madricice, olhando em redor com fadiga, o crânio exausto, e a unha comprida, para quebrar a cinza do cigarro, à catita.”

Eça de Queiroz, “Notas Contemporâneas”, pp. 38-9, ed. Livros do Brasil, Lisboa.

25/07/2017

ENTRE BERNARDIM E SÁ CARNEIRO...


Vilancete

Entre mim mesmo e mim
não sei que se alevantou,
que tão meu imigo sou.

Uns tempos, com grande engano,
vivi eu mesmo comigo,
agora no mor perigo
se me descobre o mor dano.
Caro custa um desengano
e pois me este não matou
quão caro que me custou.

De mim me sou feito alheio,
entre o cuidado e cuidado
está um mal derramado
que por mal grande me veio.
Nova dor, novo receio
foi este que me tomou:
assim me tem, assim estou.
 
BERNARDIM RIBEIRO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eu não sou, eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o Outro.

MÁRIO SÁ-CARNEIRO
 
CORRUPTELAS DE O’NEILL E DE VITOR SILVA TAVARES
 
Sá de Miranda Carneiro

comigo me desavim
eu não sou eu nem sou o outro
sou posto em todo perigo
sou qualquer coisa de intermédio
não posso viver comigo
pilar da ponte de tédio
não posso viver sem mim
que vai de mim para o Outro
 
ALEXANDRE O´NEILL
 
 
 
 
 
 
Eu não sou, eu nem sou o outro,
Sou qualquer coisa de intermédio:
Pilar da ponte do Tejo
 
VITOR SILVA TAVARES

22/07/2017

...


De acordo com Schmitt, é um sinal de cisão interior (…) ter-se mais do que um único verdadeiro inimigo”. A firmeza de carácter não permite uma “dualidade de inimigos”. É necessário enfrentar “combatendo” o inimigo único “para se ganhar a medida de si próprio, o limite de si próprio, a figura de si próprio”. Deste modo, o inimigo é “a nossa pergunta própria enquanto forma”. Também um único amigo verdadeiro seria prova de firmeza de carácter. Schmitt diria: quanto menos carácter e menos forma se tem, quanto mais liso e polido e mais escorregadio se é, mais friends se tem.
O Facebook é um mercado da falta de carácter.”

Byung-Chul Han, “A Salvação do Belo”, pág. 62, Relógio D'Água, 2016.

20/07/2017

Restauro...

Recuperação de uma velha prensa de encadernação...












Et voilá!... Um restauro catita!

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"Etimologicamente, desastre significa sem estrelas (do latim des-astrum)".
 
Byung-Chul Han, "A Salvação do Belo", pág. 53, Relógio D'Água, Lx, 2016.
 
"(...) O desastre significa "estar separado das estrelas."
 
Byung-Chul Han, "A Salvação do Belo", pág. 55, Relógio D'Água, Lx, 2016.
 
"A actual calocracia, ou império da beleza, que absolutiza o saudável e o polido, elimina justamente o belo. e a mera vida saudável, que hoje assume a forma de uma sobrevivência histérica, converte-se no morto, naquilo que à falta de vida, também não pode morrer. É assim que hoje estamos demasiado mortos para viver e demasiado vivos para morrer(1)."
 
(1) certamente uma ideia retirada de Foucault no Nascimento da Biopolítica.
 
Byung-Chul Han, "A Salvação do Belo", pág. 58, Relógio D'Água, Lx, 2016.

27/06/2017

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“ – O senhor é um sábio, doutor, um grande sábio, o maior do seu tempo, o que, infelizmente, implica que o senhor seja do seu tempo.”

Alfred Jarry, “O Supermacho”, Fernando Ribeiro de Mello / Edições Afrodite, pág.39, Lisboa, 1975.



Poor papa paid Peter's patatoes!”

Alfred Jarry, “O Supermacho”, Fernando Ribeiro de Mello / Edições Afrodite, pág.80, Lisboa, 1975.



“ – Pergunta Aristóteles no seus Problemas:
Porque não será propício ao amor ter os pés frios?
”Recitou-lhe fábulas de Floriano:

Uma macaquinha apanhou
Uma noz de casca verde...

Alfred Jarry, “O Supermacho”, Fernando Ribeiro de Mello / Edições Afrodite, pág.129, Lisboa, 1975.

23/05/2017

...

Paul Verlaine no café

– Pardon madame.  Où est le métro Saint-Michel?
– Le métro Saint-Michel?  Attendez une minute..
– Nous sommes au boulevard Saint-Michel.  La fontaine est là-bas.
– Oui, d’accord.  Mais où est le métro, s’il vous plaît?
– Mais bien sûr!  Voilà la Seine et voici le pont.
– C’est joli; mais s’il vous plaît..
– Ce n’est pas à gauche, alors c’est à droite.
– Voilà!  Le métro est à droite!
– Vous êtes sûre?
– No.  Je suis touriste aussi!

TEXTO DA PRIMEIRA LIÇÁO DO CURSO FRANCÊS PELO MÉTODO ASSIMIL 

09/05/2017

Alfineteira...











Uma entrevista que fiz em Fevereiro de 2016 para uma jornalista que trabalhava para a "Revista Ler" e que nunca saiu. Vá-se lá saber porquê!...


  1. Como e quando começou este projecto das Edições 50kg?
R: Em primeiro lugar devo confessar que não gosto da palavra “projecto” soa-me a algo que parece conter arquitectos, engenheiros, um plano de negócio devidamente fundamentado em retornos de caixa à vista (os tais cash-flows) e alvarás de alguma subsecção (ou várias) pertencente à câmara municipal. Sabe-se que as palavras também têm cargas que o seu uso mais recorrente atribuiu. E esta de ”projecto” apesar de querer passar por um neutrão, limpinho e asséptico… Comigo ainda não se sacudiu o suficiente, e por isso faço notar que, não vai há muito, na nossa História Ocidental, encontrámos esta palavra a ser unha e carne e pau para todo serviço do terceiro Reich, também com arquitectos, engenheiros e financeiros. Por isso o uso desta palavra causa-me ainda alguma espécie i.e. no sentido de impressão e não numa redundância com o terceiro Reich. É claro que também não me atrevo a dizer “aventura poética” porque essa expressão além de ser timbre da tarimba da &etc do Vitor Silva Tavares requer uma longevidade, uma resistência, e persistência, em suma, uma presença que as Edições 50kg não têm. E logo não merecem a feliz denominação que o Vitor Silva Tavares encontrou. Deixemos cair então esta palavra “projecto”, que deverá ser mais “útil”, como denominação apreensível e compreensível, nas reuniões dos conglomerados editoriais que produzem o produto livro, ou até mesmo o produto revista, como esta revista, sim é que esta revista também pertence a um conglomerado editorial que quer vender os produtos livros dos seus autores. É claro que chamam-lhe “interesses operacionais e estratégicos” é assim que é dita a coisa, espécie de camuflado muito em voga. E até se pode achar que é legítimo esse querer vender o que é da casa. Porém o que não é tão legítimo é poder-se achar que há aqui, grande jornalismo e crítica isenta. Há é um movimento de circulares e conteúdos e esta minha entrevista possivelmente entra nesta revista com o tratamento de conteúdo mas também alguma carne tem que ter a chouriça. Terminado este parêntesis, já longo, direi então como e quando começaram as Edições 50kg. As Edições 50kg começaram com um fólio lançado em 2006, faz este ano dez anos, se bem que a recolha de material tipográfico, dito obsoleto, começou mais cedo aí por volta de 2004. Mas, é em 2006 que sai o tal fólio, que inaugura a chancela, com dois textinhos para uma exposição de artes plásticas numa galeria que, pelo menos naquela altura representava, entre outros artistas, conceituados como: o Ângelo de Sousa, o Álvaro Lapa, o Pedro Croft, o Paulo Nazolino, enfim… E esta publicação da 50kg foi um êxito estrondoso, foi tudo entre portos de honra e canapés de camarão. É claro que, sendo o fólio gratuito era tão fácil pegar nele como pegar em guardanapos. Mas isso não interessa nada e foi uma grande perspicácia comercial das Edições 50kg que pode agora gabar-se de esgotar uma tiragem de 250 exemplares num par de horas. Vi muitas senhoras a usarem aquilo como leque. Estava um dia quente.


  1. O que faz além disso e que percurso o trouxe até aqui?
R: Sejamos bem claros nesta questão de «o que faz além disso». Cedo percebi que para eu ter alguma independência: em editar o que quero editar, e como o quero fazer. E mais à frente podemos esclarecer isto. E também sem deixar ninguém meter o seu bedelho, e há sempre alguém que o tenta fazer. Teria de estar predisposto, a viver com pouco, e este pouco é uma austeridade que abarco, ou que me imponho. É uma austeridade boa, e é boa porque não me foi difícil e não contradiz, digamos, uma natureza minha, não, pelo contrário vai ao seu encontro como se fosse uma espécie de “physis” à grega, traz-me um equilíbrio. E isto não é nenhuma apologia do espiritual versus material, não, não é isso! É prático. É eu saber, ou melhor, estar consciente por onde as coisas te prendem e te amarram. E são coisas que te amarram e também há coisas espirituais que também te prendem. Por isso à semelhança de muitas outras pessoas que ao longo da História, artistas, e escritores, e até editores que fizeram o seu “labor” em plena consciência que o tinham de fazer, e que era assim e não de outra forma. E que para isso até se sujeitaram à miséria, fizeram biscates do arco-da-velha, sei lá … andaram na marinha mercante. Também por aqui se vai andando aos ais e aos biscates para poder fazer o que se quer e o que se acha que se tem de fazer. E estou convencido que ainda não há outra maneira.
Quanto ao percurso, esse, terei de dizer que se pautou por uma série de encontros que tentarei expor muito resumidamente.
De 2001 a 2004 fui guia no Museu da Imprensa. Onde aprofundo todo aquele universo de máquinas tipográficas. E é aí que, com a ideia que já vinha alimentando de fazer um livro de autor, me resolvo realmente a fazer um livro querendo fazê-lo do princípio ao fim e daquela maneira – à antiga! Acho que devo ter feito o livro de autor mais caro de sempre e que demorou quase dois anos a ser feito. Procurei comprar tipos em caracteres móveis (letras em liga de chumbo ou então de madeira) e uma máquina de impressão que veio a ser um prelo de provas. E quando encontrei uma à venda a segunda pergunta foi «quanto pesa?» a primeira tinha sido o preço. O vendedor disse «uns cinquenta quilos». Tendo ficado para nome da editora quando se lançou o fólio na galeria e que acabou por sair primeiro que o livro de autor que entretanto estava a fazer. De 2004 para cá, o acervo de máquinas, de letras, e acessórios tipográficos foi aumentando resgatando, muitas das vezes, às sucata e às fundições o material vendido ao desbaratado pela insolvência de muitas das tipografias. E o pouco que sei de tipografia foi a ouvir tipógrafos reformados, a pesquisar em manuais e na internet, e a enfiar-me (sempre que deixassem) em tipografias que ainda usasse caracteres móveis, o que ainda hoje é possível de encontrar especialmente se estas ainda fizerem livros de recibos onde são muito utilizadas. Das primeiras experiências, com textos meus, tentei ir melhorando, aprimorando, até ser capaz de fazer umas plaquetes que abri à colaboração de autores que me procuram e eu gosto ou que são convidados porque gosto do que fazem.


  1. Como descreveria a natureza da sua editora e aquilo que lhe interessa publicar?
R: É uma editora de plaquetes, que usa a tipografia de caracteres móveis, e faz tiragens reduzidas nunca mais de 300 exemplares e que não serão reeditadas. São tiragens únicas. Sempre que possível tento que haja uma colaboração com um artista visual ou gráfico que possa fazer uma capa, e que é vertida para uma zincogravura ou serigrafia para fazer uma série, e que é baseada na sua interpretação do texto. Tenho vindo a publicar mais poesia do que prosa, mas não existe nenhum género predefinido. Existe sim uma limitação material e que é oriunda da escassez de material tipográfico da 50kg. E é também por esse motivo que a plaquete tem um limite de páginas, vinte e quatro em formato A5, que têm de ser tidas em conta quando um autor submete o seu original ou é convidado. Não se pede dinheiro aos autores e paga-se com uma percentagem da tiragem. Não sei o que me interessa publicar. Sei, muito bem, o que não me interessa publicar. Não vou é explicar o que isso é ou como o sei. Direi apenas que é resultado de leituras e de uma postura que se crê responsável e ecológica.


  1. Porque escolheu esta técnica antiga de tipografia e que significado conceptual tem para si?
R: Admiro de imediato o relevo, aquela terceira dimensão do papel pressionado pelos tipos de letra, é táctil, sente-se, e vê-se, e até produz sombra veja lá. E se bem que estou consciente que o texto é o que mais importa também não me vejo a fazer fotocópias. Existir ainda esta possibilidade de ter o texto, este suporte se se quiser, é algo que para mim me encanta e me interessa partilhar. E agora que este processo tipográfico é tido como obsoleto, e isto só quer dizer que se libertou das urgências e do trabalho volumoso e enciclopédico, é possível retomá-la e com tempo explorar as suas características que darão um todo (não sei se maior que a soma das partes) e que vai possibilitar ou ajudar à criação de livros barra objectos únicos. O que é transversal às artes, ou não? É que isto já se chamou artes gráficas.


  1. Em termos logísticos, como actua a sua editora? Que tipo de tiragem, que livros lhe interessam, como faz a distribuição e qual diria que é o seu público?
R: Comecemos pelo fim: o público. Alguém escreveu, penso que foi o Roland Barthes mas não tenho aqui forma de o confirmar, que “o público é como uma criança” tente este exercício: leia uma história infantil a uma criança, uma história que ela sabe muito bem, e mude a história, ou até um pormenor, e vai ver se não é logo corrigido por ela. Se o público mandar também é assim, prefere ouvir, ler, ou ver o que já conhece bem do que ser confrontado com uma “coisa” nova ou até diferente. É por isso que os romances e as telenovelas que o público “aprecia” ou “quer” não saem daquela pacotilha das vinganças, das traições, do orgulho ferido ou em alta, ou daquele vencer na vida, que por aí rola desde as tragédias gregas sendo que estas são muito melhores. E como dizia a minha mãe quando eu era criança que eu “não tinha querer” também o público, como criança que é, aqui não tem querer! E digo isto assim que é para não repetir o que disse o João César Monteiro. Por isso, na questão de existir previamente um público ou que este possa influenciar qualquer coisa, estamos conversados. O que posso ainda dizer é que quem compra as plaquetes das Edições 50kg não possuem traços característicos, não há um perfil, alguns são jovens, outros menos jovens, uns querem ter tudo, a outros só lhes interessa ter determinado autor, uns já seguem desde o início, outros só agora descobriram. Porém, a satisfação de estarem com um livro que não é um produto, antes um objecto é-me frequentemente transmitida.


Sobre a tiragem e os livros que me interessam julgo que já respondi numa das questões anteriores passo então para a distribuição. Esta é feita num circuito de livrarias que se destacam pela proximidade e tratamento quer com os leitores quer com os próprios livros e também com os editores. As plaquetes das 50kg se forem enfiadas numa estante, e como elas não têm uma lombada vistosa, desaparecem, tornam-se invisível, e então como é que um potencial leitor vai ter um encontro com elas. Muito dificilmente. Por isso privilegio livrarias que potencializam esse encontro. E existe uma pequena rede de livrarias que acarinham muito bem as edições pequenas e as de autor e que até lhes dão um destaque. E sobretudo pagam a pronto (o que é bom e levam com um desconto). Evito deixar livros à consignação para que eles não regressem todos manuseados e dobrados. Esta rede encontra-se espalhada nos centros urbanos. Mas quem não tiver acesso a essa rede livreira também existe a possibilidade de poderem encomendar directamente à editora, através da internet, que a expedição dentro do território nacional não tem o acréscimo de encargos.