Mostrar mensagens com a etiqueta Cancioneiro Policial da Menina Alzira. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Cancioneiro Policial da Menina Alzira. Mostrar todas as mensagens

21/09/2011

Do cancioneiro...

Luís de Sousa Costa (1932-1986) no filme Veredas de João César Monteiro

“2
Pôs a fatia de pão no café. Retirou-a amolecida. Tinha manteiga. O café engordurara. Mastigou devagar. Disse: «Não almoço». A sogra pensou: «Tem caso». A mulher confirmava: «Espécie». Ele acrescentou: «Não janto». Arrancara o dia do calendário. Saiu.”

Luís de Sousa Costa in «Cancioneiro policial da menina Alzira, p.26, 2ªed., Fenda, 1999, Lx.

“3
Na cabina chamou a Central. Pedia o carro. Entrou no café. Sorria. Na mesa ao lado o bêbado desdenhou. O dono viu pelo espelho. Trouxe o café. O carro chegou depois. Foi lá dentro. Pôs os óculos de praia. Bigode não tinha por enquanto. O bêbado desdenhava ainda.”

Luís de Sousa Costa in «Cancioneiro policial da menina Alzira, p.27, 2ªed., Fenda, 1999, Lx.

“4
Chegando ao prédio destinado, disse ao porteiro: «Quem é a Menina Alzira?» O porteiro recusou. Passou-lhe uma nota para as mãos. O porteiro alçou o ombro. O inspector apostou em duas notas entregues. O porteiro não encarava. Cinco, arredondou o polícia. O porteiro resguardava. Disse: «Não sei quem é a Menina Alzira».”

Luís de Sousa Costa in «Cancioneiro policial da menina Alzira, p.28, 2ªed., Fenda, 1999, Lx.


Mais detalhes aqui