03/08/2018

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Coimbra, 3 de Agosto de 1939 Se lhe pudesse dizer o que a sua dispersão me aflige, me desanima…
Para mim o artista é uma espécie de animal obstinado, com antolhos, que anda a gemer a vida inteira à roda de um poço, sem ver mais nada, sem acreditar em mais nada, sem lhe doer mais nada.

Miguel Torga, “Diário I”, pág. 100, 1941, Coimbra.

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